quinta-feira, 30 de junho de 2011

Making of do Capítulo Sete

Quem me acompanhou até aqui, apenas o início de um longa jornada que ainda temos pela frente, vai descobrir (como eu o fiz e espero ter sido feliz em relatar) que uma das principais sensações pós-vida é perder a noção exata das diferenças entre todas as coisas. Abro o capítulo com a frase: “Enfim sós diante do espelho”. E a partir da interação do personagem Fabiana, com sua imagem, percebida por ela simultaneamente em vários planos e tempos inferidos pelo leitor, reconstruímos aos poucos a sua vida e o limbo em que se situa. Nem viva nem morta. Alma em estado puro e mesmo assim se percebe cauterizada em cada frase as suas sensações. Até chegarmos, solenes, à frase que encerra o capítulo: “Poderíamos ir juntos pelas casas adentro, abrir panelas, puxar lençóis, mostrar paredes maculadas, arrancar cabeças e elevá-las aos céus para que todos se vejam espalhados nos planos infinitois das vidas em sequência e percebam, quem sabe, a pequenez de suas altas rastejantes."

Nenhum comentário:

Postar um comentário