quarta-feira, 1 de junho de 2011

Como nasceu o livro

"Vitrais da sala à prova de som" surgiu de duas notícias que li por volta de 1982, enquanto me preparava para me mudar para Londres. Uma delas mostrava como os presos políticos torturados perdiam a noção de tempo. Resgatei alguns relatos em http://associacao6468-anistia.blogspot.com/2007/11/39.html. 
Outra notícia mostrava o hábito dos torturadores do regime militar brasileiro de entregar para a família o caixão lacrado com o corpo do preso político. O caixão tinha apenas um pequeno vitral onde a família podia ver o rosto do preso. 
Veja detalhes em
http://www.democraciacdh.uchile.cl/media/archivos/pdf/20110105113106.pdf.
Assumi, então, a hipótese de os militares, num último ato de tortura, colocar o prisioneiro, ainda vivo, dentro do próprio caixão. O livro relata a diluição das várias personalidades que compõem o prisioneiro. E cada uma delas e em cada uma das circunstâncias só ganha vida com o sopro do olhar do leitor ou leitora. Assim, o livro pode ser lido de qualquer maneira. De frente para trás, do meio para frente, aleatoriamente. Ao final, o livro emerge e os personagens se integram à vida do leitor ou leitora.

Observação do autor: Você é que soprará vida aos personagens deste livro. E os resgatará do ataúde lacrado através dos vitrais de uma sala à prova de som. Independente da ordem de sua leitura, você será cúmplice e criador da obra que emergirá. Portanto, todo cuidado é pouco para não sucumbir ao caleidoscópio que o arrastará para uma nova realidade que terá os personagens que você ajudou a dar vida como seus interlocutores, seus aliados ou seus carrascos.
Compre o livro na Amazon Kindle.

2 comentários:

  1. Caro Amigo Marco Roza:

    É com muito prazer que recebo a notícia do seu novo livro. Amanhã vou à livraria comprar meu exemplar. É sempre bom ler os seus textos. Parabéns e sucesso pra você!

    Abraços

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