sexta-feira, 10 de junho de 2011

Making of do Capítulo Cinco

Agora, Anunciato entra em cena. Interage violentamente no resgate, talvez inútil, das próprias memórias e numa tentativa desesperada de incluir, de novo, o tempo em suas referências. “Ainda pensa no destino. E vê que na maioria das vezes somos surdos e cegos às circunstâncias que se combinam e determinam para que lado nossas vidas escorrerão”, é um trecho que resume, acredito, o DNA deste personagem, que parte de um ser vivo, insiste em deixar suas marcas numa alma que se dissolve sem ainda sua percepção.
O Capítulo Quatro está recheado de referencias à travessia entre a vida e a morte, entre os tempos passados e o tempo presente, entre o absurdo da situação que vivenciam nesta sala, que apesar de ampliada, é apenas um ataúde lacrado. A um só tempo experimentamos, através de Anunciato, as emoções da vida, que ele se esforça para se lembrar, as sensações da morte, que o contaminam por todos os poros e a falta de futuro, pois por mais que insista, o tempo fugiu de suas referencias.

Obrigado por continuar me acompanhando no Making of de “Os vitrais da sala à prova de som”. Se achar conveniente, se inscreva ao lado.

  

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